
Ainda agora, quando ouço estes sons, sinto a cabecinha dele escondida no meu pescoço e os braços de criança nos meus ombros.
Muitos anos depois reencontrei a canção. Mas o homem em que o menino se tornara esquecera “Tammy”, esquecera que tinha precisado de mimo e que eu lho dera. E as notas da canção não lhe trouxeram nenhuma reminiscência.
Apesar disso, neste momento, por dentro de mim, trauteio Tammy como quem murmura uma canção de embalar. E peço ao menino que durma, que se deixe dormir, suavemente, e que nesse adormecer haja ao menos um nadinha do meu embalo. Ao menos um som ao longe, vindo de um passado que há tanto tempo deixou de existir.