20 de setembro de 2007

Querido Tio-Tito...

(Verão de 1947, eu com a Tia Zita e com o Tio Tito nos seus 13 anos de idade)


Eu sabia, mas dos livros… Agora sei através da vida.
Importante não é a QUANTIDADE, mas a QUALIDADE do tempo que damos aos outros.

Este meu Tio de quem me despedi nunca foi uma pessoa constantemente presente na minha vida. Apesar de tudo, nestes dois dias em que lhe fiz companhia na sua morte, tive tempo de rever as muitas e fortes ideias que me passou de cada vez que se aproximou de mim. Formou parte do meu carácter, ofereceu-me auto-estima nos momentos em que outros ma destruíam e deu-me a sensação de ser amada.

Se eu somasse os minutos, horas e dias em que teve oportunidade de o fazer, talvez não chegasse a dois meses inteiros das nossas vidas.
Mas nunca foi pouco. De todas as poucas vezes, deu-me MUITO.